(Foto: Reprodução) Psicóloga diz que nossas emoções devem ser encaradas como uma preciosa fonte de informações e não podem ser reprimidas. Passe o dia 5 de maio mergulhada no seminário “Healthy Aging 2025”, promovido pelo centro de longevidade da Universidade Stanford (EUA), sobre os pilares do envelhecimento saudável – o que inclui cuidar de corpo e mente. Foram tantas apresentações instigantes que esta e as próximas colunas serão uma seleção dos melhores momentos do evento. No painel de abertura, dedicado à saúde mental, a expressão “nutrir a mente” foi muito utilizada: significa não só desafiar o cérebro aprendendo coisas novas, mas também ampliar as conexões sociais e abraçar a espiritualidade. Chip Conley, criador da Modern Elder Academy e o primeiro palestrante, afirmou que a meia-idade não tem recebido a devida atenção. Para ele, esse período se estende dos 35 aos 60 anos, e é quando as pessoas vivem inúmeras transformações, inclusive hormonais.
Emoções como uma fonte de informações: “não podemos subestimá-las, são elas que nos levarão a tomar”, diz psicóloga
Talipozer para Pixabay
“Durante a vida adulta, a cobrança é enorme e não temos tido tempo de nos recuperar, de nos curar. Os homens convivem com o desapontamento com a carreira; o sentimento de irrelevância; a imposição da virilidade. As mulheres enfrentam a perimenopausa com as exigências da tirania da beleza; a invisibilidade emocional; desafios financeiros até maiores que os dos homens; e a sobrecarga de cuidar de parentes. E todos sofrem com a solidão”, enfatizou.
A psicóloga Maris Loeffler, especializada em ansiedade, estresse e trauma, disse que o estilo de vida que escolhemos tem um peso enorme na saúde mental: “temos que pensar em como queremos envelhecer e tomar as decisões que nos levem por esse caminho”. Acrescentou que precisamos encarar nossas emoções como uma preciosa fonte de informações: “não podemos subestimá-las ou reprimi-las, porque são elas que nos levarão à ação, ou seja, a tomar atitudes e estabelecer limites que nos protejam”. Ela sugere uma lista de perguntas que devemos nos fazer – e que me deram o que pensar:
Que emoções tenho experimentado mais frequentemente? Como estão moldando meu dia a dia?
Tenho pendências emocionais antigas e sentimentos mal resolvidos que ainda pesam?
Que relacionamentos têm me alimentado? E quais estão drenando minha energia?
O que me traz um sentimento verdadeiro de paz, significado e propósito nesse estágio da vida?
Quando me sinto mais conectado/a com as outras pessoas? E mais isolado/a?
Que práticas tenho adotado (nos campos criativo, social ou espiritual) que me trazem equilíbrio?
De que forma ainda quero crescer emocionalmente?
Eu me permito a autocompaixão em relação às mudanças e perdas que acompanham o envelhecimento?
Que memórias e experiências continuam me trazendo alegria e gratidão?
Estou disposto/a buscar ajuda quando algumas emoções se tornarem difíceis de lidar? De que peso emocional estou pronto/a para me livrar hoje?
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